O goleiro do PSC levou um cartão amarelo aos 46 minutos do primeiro tempo por fazer cera, atrasando a reposição de bola. Mau sinal. A cautela dá bem a medida das intenções do time de Marquinhos Santos no confronto de ontem, no estádio Jornalista Edgar Proença, contra um Goiás repleto de jogadores reservas. Expressa o nível atual do futebol paraense, sempre amedrontado diante de qualquer visitante.
O Goiás optou por trocar passes, sem aceleração, nos primeiros 45 minutos. Chegou com perigo em duas jogadas de Alesson, um cabeceio por cima do gol e um chute forte, que o goleiro Gabriel espalmou para escanteio.
O time alviverde tinha posse de bola e controle da partida, mas não agredia. Ficava na aproximação, rondava a área, mas era pouco efetivo na hora de definir os lances. Quase ao final, um chutão em direção à zaga do Goiás proporcionou o momento mais emocionante da primeira etapa.
Paysandu perde para o Goiás e Tetra da Copa Verde fica longe
A defesa não conseguiu afastar, Bruno Alves se antecipou e tocou com o braço na bola, que sobrou para Mário Sérgio finalizar no canto direito. O gol inesperado gerou grande comemoração, mas o VAR flagrou a irregularidade cometida por Bruno Alves e anulou o lance.
Mais animado, o PSC chegou mais uma vez em lance de João Vieira, que lançou Mário Sérgio pela esquerda. Ele dominou no peito e chutou à meia altura, no canto. O goleiro desviou para escanteio.
Veio o 2º tempo e o Goiás abriu o placar logo aos 10 minutos. Mateus Peixoto sofreu pênalti. Na cobrança, Gabriel fez defesa arrojada, mas o rebote caiu nos pés de Maguinho, que acertou uma bomba indefensável. Em desvantagem, o PSC tentou sair com mais rapidez, mas errava muito e não chegava a ameaçar a defensiva adversária.
Até Dalberto foi lançado, mas o time continuou atrapalhado. Sem alternativas no banco, o técnico Marquinhos Santos trocou volante por volante e tirou Bruno Alves para lançar Roger. O PSC passou a pressionar, meio aos trancos e barrancos, principalmente nas bolas aéreas.
Mais tranquilo e organizado, o Goiás saía em contra-ataques rápidos e foi numa escapada pelo lado direito que nasceu o segundo gol, aos 42’. Felipe chutou forte e Philipe Costa desviou para o fundo das redes. Nos acréscimos, Wendell ainda perdeu o terceiro gol em outro contragolpe.
Paysandu x Goiás: Marquinhos Santos vê decisão em aberto
Foi a terceira derrota consecutiva do Papão sob o comando de Marquinhos Santos, com nove gols sofridos e nenhum marcado. Números que expõem a fase negativa da equipe e deixam poucas esperanças para a partida final da Copa Verde, no dia 31 de maio, em Goiânia.
Parazão: batalha sem favorito no Zinho Oliveira
Mais conservador do que nunca. É assim que se espera que o Remo jogue contra o Águia, hoje, abrindo a decisão do Campeonato Paraense. Não é uma projeção, apenas observação em cima dos últimos jogos. Contra três adversários de Série C, o Leão foi previsível, dispersivo e recuado. A ofensividade ficou apenas no desenho tático e na escalação.
É improvável que as qualidades do time que abriu vantagem no Parazão ressurjam dentro do Zinho Oliveira, hoje à noite. Com a corda no pescoço, cobrado por todos os lados, Marcelo Cabo vai manter o sistema com quatro jogadores no meio e a troca de passes para os lados como estratégia, à espera de um contra-ataque salvador.
Ao Águia caberá marcar a saída de bola azulina, adiantando suas linhas, a exemplo do que fizeram os adversários bem-sucedidos do Remo na Terceirona. Caso consiga fazer isso com organização e disciplina, o time marabaense terá boas chances de sair vitorioso.
Jogos no Zinho Oliveira são normalmente complicados para os visitantes. A dupla Re-Pa venceu lá com dificuldades na fase de classificação. Nos dois jogos, o Águia reclamou muito da arbitragem, principalmente na derrota para o PSC, cujo gol nasceu de um pênalti inexistente. Hoje, porém, há um elemento novo: o VAR, fonte de algumas polêmicas, mas um instrumento que pode ser eficaz para evitar erros escabrosos.
Sob o comando de Mathaus Sodré, o Águia faz uma grande campanha no Parazão. Cresceu muito a partir da classificação às etapas eliminatórias e tem demonstrado uma virtude que falta ao Remo atual: consistência de jogo. O equilíbrio deve ser a marca da partida, mas o Águia chega mais entusiasmado e confiante a esta final.
Árbitros continuam a errar demais em jogos do Fla
Contra o Bahia, no sábado, houve pênalti duvidoso e expulsão injusta de um jogador após simulação de Gabriel Barbosa. O Flamengo se beneficiou disso e conseguiu a vitória fora de casa. Anteontem, pela Copa do Brasil, o Fla-Flu trouxe outra vez a marca da polêmica em lances que favoreceram o rubro-negro do Rio.
O mesmo Gabriel, personagem mais destacado do Flamengo pelo jeito arrogante – e a quantidade de gols marcados na cobrança de pênaltis –, voltou a ser protagonista de um lance tão violento quanto desleal. Disputou bola com Paulo Henrique Ganso e pisou na perna do meia do Fluminense. Estranhamente, o VAR se omitiu em lance passível de cartão vermelho.
Pep Guardiola acerta a mão e City atropela Real
O Real nem viu a cor da bola. Não é exagero. O 1º tempo foi todo dominado pelo Manchester City; o segundo também. Haaland manteve duelo particular com Courtois, sem conseguir marcar nos dois jogos. Acontece que Bernardo Silva e De Bruyne foram absolutos, conduzindo o time a uma vitória surpreendentemente fácil.
Está claro que o Real de Ancelotti é um time de craques, mas nem sempre funciona contra um adversário encaixado, com setores bem ajustados e sem cometer erros. Os comandados foram brilhantes na execução, mas não há como negar o imenso mérito de Pep nessa classificação para a final da Liga dos Campeões.
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