Essa semana, fotos do laudo da necrópsia e do corpo da cantora Marília Mendonça, que morreu em um acidente trágico de avião em novembro de 2021, foram compartilhadas nas redes sociais. A Polícia Civil de Minas Gerais já está investigando quem teve acesso ao documento sigiloso.
O advogado que representa a família da artista irá tomar medidas judiciais para garantir a punição dos responsáveis.
Nesta sexta-feira (14), Dona Ruth, mãe de Marília, usou as redes sociais para se pronunciar sobre o caso. Ela contou que a família está “chocada com tanta monstruosidade”. Ela ainda pediu que “esses delinquentes paguem”, e afirmou que eles “não respeitam a memória e a dor da família”.
A Polícia Civil já instaurou um procedimento administrativo e está fazendo um levantamento para identificar as pessoas que tiveram acesso às fotos. As autoridades informaram que o sistema que armazena o laudo da necropsia é aditável.
Em um comunicado, o advogado da família de Marília, Robson Cunha, disse que “é inconcebível que documentos exclusivos de um inquérito policial que corre em sigilo e com restrições de acessos tenham sido divulgados de forma criminosa”.
O advogado ainda alertou que aqueles que estiverem compartilhando as fotos estão cometendo um crime “e podem ser responsabilizados judicialmente”.
O ato de “vilipêndio a cadáver” é considerado crime contra o respeito aos mortos, e é previsto no artigo 212 do Código Penal brasileiro. A punição vai de um a três anos de prisão e pagamento de multa.
Ainda segundo o advogado, a família da cantora vai entrar com uma ação judicial contra o Google, Facebook e o estado de Minas Gerais. Os familiares pontuaram que acreditam que a divulgação tenha partido de dentro da polícia.
“Esse é um material exclusivo do inquérito policial, que inclusive corre em sigilo. Este conteúdo estava sob a responsabilidade da Polícia Civil do estado de Minas Gerais e jamais poderia ter sido tornado público”, disse o advogado Robson Cunha à CNN.
Ainda segundo ele, para acessar esse tipo de material é necessária uma senha especial. Por esse motivo, afirma que é fácil para o estado identificar o quem foi o responsável pelo vazamento.
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