
Desde o início desta semana, crianças de 12 meses já podem receber a vacina ACWY como dose de reforço contra a meningite pelo Sistema Único de Saúde (SUS). O imunizante protege contra quatro sorogrupos da doença: A, C, W e Y. Até então, essa faixa etária recebia como reforço apenas a vacina meningocócica C.
Com a atualização no calendário, o esquema vacinal completo no SUS passa a ser: duas doses da meningocócica C aos 3 e 5 meses e, aos 12 meses, a dose de reforço com a vacina ACWY. Entre 11 e 14 anos, a recomendação também é aplicar a ACWY – em dose única ou como reforço, conforme o histórico de vacinação da criança.
Segundo o Ministério da Saúde, crianças que já receberam as duas doses da meningocócica C e o reforço da mesma vacina não precisarão tomar a ACWY neste momento. No entanto, aquelas que ainda não foram vacinadas aos 12 meses poderão ser imunizadas diretamente com a ACWY.
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Proteção ampliada e segura
De acordo com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), a vacina ACWY é inativada, ou seja, não causa a doença. A única contraindicação é para pessoas que tiveram reação anafilática a algum componente do imunizante ou a uma dose anterior.
A administração é feita por via intramuscular profunda. A SBIm orienta adiar a aplicação em casos de febre e reforça que reações leves, como dor ou vermelhidão no local, são comuns e tendem a desaparecer em até 72 horas. Efeitos adversos mais intensos devem ser acompanhados por um serviço de saúde.
Situação da meningite no Brasil
Dados do Ministério da Saúde apontam que, em 2025, o país já registrou 4.406 casos confirmados de meningite. Desses, 1.731 são do tipo bacteriana – a mais grave e letal –, 1.584 do tipo viral e 1.091 de causas diversas ou não identificadas.
Outras vacinas disponíveis no SUS, como a BCG, a pentavalente e as pneumocócicas 10, 13 e 23-valente, também contribuem para a prevenção de formas específicas da meningite.
Sobre a doença
A meningite é uma inflamação das meninges, membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal. Pode ser causada por bactérias, vírus, fungos ou parasitas, e também ter origem não infecciosa, como reações a medicamentos, doenças autoimunes ou lesões traumáticas.
As formas bacterianas são mais comuns no outono e inverno, enquanto as virais tendem a ocorrer com maior frequência na primavera e no verão.
Com a mudança, o SUS amplia a proteção da população infantil contra uma doença grave, fortalecendo as estratégias de imunização em todo o país.
Fonte: Agência Brasil
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