Com o objetivo principal de subsidiar as políticas de ordenamento territorial e prevenção de desastres, o Serviço Geológico do Brasil (SGB-CPRM) realiza em Parauapebas no sudeste paraense as checagens de campo em diversas áreas do município.
As pesquisas são referentes a Movimentos Gravitacionais de Massas (MGM), ou seja, com risco de deslizamento, como taludes, morros e montanhas, para a elaboração da Carta de Perigo Geológico.
De forma específica, o mapeamento busca orientar a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil (Compdec), sobre quais as áreas devem ser atendidas prioritariamente durante episódios de crise, principalmente, durante o período chuvoso. Além de nortear planos de contingência e implantar obras preventivas.
Segundo o pesquisador em geociências do SGB/ CPRM, Julio Lana, o município foi escolhido por ser uma das poucas cidades do Brasil que dispõe dos critérios topográficos necessários, com modelo digital das elevações. Além disso, Parauapebas também tem histórico de deslizamentos.
“As cartas de perigo visam que a Defesa Civil possa antecipar suas ações e indicam ao município prevenir a expansão para áreas que não tenham perigo de deslizamentos ou encostas”, explica o geólogo.
Veja também:
Parceria viabiliza implantação de sistema de vigilância
Hospital realizou mais de 400 cirurgias de aneurisma e AVC
"Ladrão da escada" tira o sono dos moradores de Redenção
O pesquisador afirma que a etapa de checagens também contempla a qualificação desses espaços. “Para cada área indicada é avaliado o alcance do movimento de massa, caso ocorra. As áreas podem ser qualificadas com perigo nos graus baixo, médio, alto ou muito alto”, explica.
A equipe do Serviço Geológico do Brasil chegou a Parauapebas no dia 1º de novembro e os levantamentos foram apurados até o último dia 10, para que as cartas possam ser publicadas nos próximos meses.
De acordo com o coordenador da Defesa Civil, Jailson Sousa, em 2021, o Diagnóstico da População em Áreas de Risco Geológico, por meio de um levantamento do SGB/ CPRM juntamente com o órgão, apontou 91 áreas de risco, sendo 61 delas com risco de deslizamento.
“Todo esse levantamento e a integração das equipes faz com que a população ganhe muito, pois algumas dessas áreas deixaram até de oferecer risco à população, com a execução de grandes obras de infraestrutura”, ponta Jailson.
Ele ainda aponta que é uma referência importante a cidade ter sido contemplada com a prestação desse serviço. “Nosso município é o primeiro das regiões Norte e Nordeste a contar com esse tipo de serviço e isso se deve ao excelente trabalho desenvolvido pelo corpo técnico de nossa Defesa Civil,” declara.
Comentar