Uma noite emocionante e repleta de viradas na Curuzu testemunhou não apenas a vitória do Paysandu sobre o Náutico, mas também marcou um momento inesquecível na carreira do jovem atacante Roger, que aos 20 anos marcou seu primeiro gol com a camisa bicolor, selando uma virada espetacular que elevou o Papão a uma vitória por 4 a 2 sobre o Náutico.
O jogo, que já havia entregado uma emocionante reviravolta, foi coroado pelo gol do promissor atleta, cuja jornada até esse momento glorioso foi marcada por sacrifícios e determinação. A partida estava chegando ao seu último minuto, com o placar em 3 a 2 para o Paysandu, quando o jovem Roger, com apenas 20 anos, se encontrou no lugar certo e na hora certa para marcar o quarto gol de sua equipe, coroando não apenas a vitória, mas também a realização de um sonho que ele havia nutrido desde seus tempos de criança.
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Originário do município de Salvaterra, no Marajó, Roger teve que deixar sua mãe e sua cidade natal aos 15 anos para perseguir seu sonho de se tornar jogador de futebol. Sua história é um exemplo de dedicação e perseverança.
Antes de se tornar um nome conhecido nas fileiras alvicelestes, Roger era um garoto que jogava futebol por diversão, e como muitos jovens, ele às vezes exagerava, o que valia até uma bronca da mãe. "Minha mãe sempre pegava no meu pé, dizia que era para eu estudar. Falava que eu não queria nada com estudo. Mas eu só queria saber de jogar, ‘gazetava’ aula para jogar bola. Minha mãe cobrava bastante", revelou o jogador, em entrevista coletiva na última quarta-feira (16).
No entanto, seu potencial não passou despercebido, e o ídolo bicolor Vélber desempenhou um papel crucial ao descobrir o jovem talento. O encontro levou Roger a ingressar no União Paraense, onde treinou intensamente nas categorias de base e começou a moldar sua habilidade e paixão pelo esporte.
"Eu estava brincando em um campo. O Vélber foi jogar um amistoso, me viu, conversou com minha mãe e me levou. Fui para o União Paraense, morar com meu pai em Belém, aos 15 anos. Fiquei uns três anos treinando no União Paraense, em Benevides. Jogava só nas categorias de base. Saia 6h para treinar 8h, treinava de manhã e à tarde descansava", recordou.
A trajetória de Roger o levou eventualmente ao sub-20 do Paysandu em 2021 e, em 2022, ele fez sua estreia profissional, marcando um passo importante em sua jornada. Com humildade e determinação, o jogador superou as diferenças entre o futebol de base e o profissional, encontrando um apoio crucial dos colegas mais experientes enquanto enfrentava a crescente pressão do jogo em um nível mais alto.
"É muito diferente o profissional, tem um apoio maior, os caras mais experientes ajudam a gente. Cobrança é bem maior. Desejo muita sorte para meus amigos que são da base. Nunca cheguei a ser gandula, mas eu tentava, colocava meu nome na lista. Graças a Deus fiz o meu primeiro gol", concluiu.
Roger, que uma vez sonhou em ser gandula nos jogos do Paysandu, viu seu sonho se transformar em realidade de maneira muito mais grandiosa. Com humildade, ele expressou sua gratidão por essa conquista. "A emoção foi gigante. Sabia nem o que fazer. Tirei a camisa, feliz demais. Estava na hora certa, no momento certo. É seguir trabalhando, que com certeza as oportunidades vão vir. Deus vai abençoar com mais gols", explicou o jogador.
FONTE DE INSPIRAÇÃO
O presidente do Paysandu, Maurício Ettinger, parabenizou Roger após o jogo, destacando a importância do jovem atacante para a equipe. Segundo o dirigente, a dedicação, o comprometimento e a perseverança de Roger exemplificam o espírito do Paysandu e inspiram os mais jovens a perseguir seus sonhos com determinação, não importa os obstáculos que possam surgir em seu caminho.
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