Apagão pode ter acontecido por falha em Belo Monte, diz ONS

O apagão que aconteceu na manhã desta terça-feira (15) pegou praticamente todo o Brasil de surpresa. Afinal, desde o início dos anos 2000 que o país não vivia uma situação como essa. À época, o problema era o racionamento de energia, que acontecia por conta da falta de água nos reservatórios que fazem as hidrelétricas funcionarem, acionando as termelétricas, que são movidas a óleo diesel.

Foram praticamente quatro horas de falta de energia nesta terça e o Ministério das Minas e Energia, junto com a Eletrobrás, trabalham agora para identificar o problema.

Segundo o Valor Econômico, cinco das 50 turbinas da hidrelétrica de Santo Antônio saíram do sistema elétrico com o desligamento de interconexão Norte-Sudeste, afirmaram ao Valor fontes a par do tema. A usina se localiza no rio Madeira, em Rondônia.

O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirmou a ocorrência de um apagão em em 25 estados brasileiros mais o Distrito Federa. Somente o estado de Roraima não foi afetado, por receber energia da Venezuela.

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Há suspeitas de que o apagão ocorreu por causa de falha em instalações em um dos linhões que transmitem energia do Norte do país para o Sudeste, possivelmente o de Belo Monte.

Segundo o operador, a interrupção ocorreu devido a uma "abertura" da interligação Norte-Sudeste, às 8h31. Abertura é o jargão utilizado quando uma linha de transmissão sai do sistema elétrico.

Segundo apurou o Valor, a hidrelétrica de Jirau está operando normalmente. "As causas da ocorrência ainda estão sendo apuradas", disse o ONS, em nota.

Segundo o ONS, até as 10h09, 7 mil megawatts (MW) de carga já foram recompostos, de um total estimado de 16 mil MW interrompidos a partir de 8h31 desta terça-feira (15).

A Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (Abradee) informou em nota que as distribuidoras seguem em regime de contingência e o fornecimento já foi normalizado na maior parte das localidades afetadas.

"As reconstituições do sistema têm sido aplicadas de forma segura pelas empresas, sob orientações do ONS", afirmou a Abradee.