Durante participação nos Diálogos Amazônicos, a ministra do Meio Ambiente Marina Silva comentou as falas do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, sobre uma união das regiões Sul e Sudeste contra o Norte e Nordeste do país.
Em um discurso apontado por entidades e autoridades políticas como xenofóbico, Zema defendeu que Norte e Nordeste não deveriam possuir o mesmo peso em votações no Congresso por possuírem populações e economias menores.
Mesmo ter visto a fala de Zema, Marina Silva criticou a visão política. "Eu não acompanhei a fala do governador, mas posso dizer que as chuvas do sul e sudeste são produzidas pela Amazônia, e que os povos originários da Amazônia são os maiores responsáveis pela preservação dessa floresta. 75% do PIB da América do Sul está relacionado as chuvas produzidas pela floresta amazônica", afirmou.
"Sem a Amazônia não tem como ter agricultura, indústria, como o Brasil sequer ter vida no Sul, Sudeste e Centro-Oeste, porque a ciência diz que seria uma deserto igual ao Atacama ou Saara", continuou a minsitra. "Não é uma questão de quantidade em peso populacional, é uma questão de trabalharmos com o conceito da justiça ambiental e do PIB dos serviços ecossistêmicos que sãoo gerados por essa região"
"Se você fosse bombear a água que é produzida pela Amazônia com energia produzida por humanos, nós precisaríamos de 50 mil Itaipus. A floresta faz isso com vento e sol. Portanto, quem mede nosso peso por nossa quantidade precisa entender um pouco mais de qualidade", concluiu Marina Silva.
A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva |
DOL
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