A Justiça americana condenou à morte nesta quarta-feira (2) Robert Bowers, 50, o atirador que matou 11 pessoas numa sinagoga de Pittsburgh em 2018, no ataque mais mortal a judeus nos Estados Unidos.
Segundo o jornal The New York Times, o júri condenou Bowers por dezenas de crimes de ódio. Ele foi considerado culpado em 63 acusações, incluindo 11 relacionadas à obstrução do livre exercício de crenças religiosas e que resultaram em morte.
Há duas semanas, os juízes consideraram Bowers elegível para a pena capital. A acusação apresentou na primeira fase do julgamento 60 testemunhas para provar que o criminoso agiu por ódio aos judeus. As investigações mostraram que ele postou mensagens antissemitas na internet antes do massacre.
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Em outubro de 2018, Bowers entrou na sinagoga e atirou de forma indiscriminada enquanto expressava seu ódio pelo povo judeu. As declarações continuaram durante o tiroteio com a polícia. O homem teria dito a um policial: "Eles estão cometendo genocídio com meu povo. Eu só quero matar judeus".
Ele estava armado com uma AR-15 e três pistolas durante o ataque, que durou 20 minutos. À época, o massacre aumentou o debate sobre a retórica do então presidente americano, Donald Trump, que, segundo críticos, encorajou o extremismo de direita.
A administração Trump rejeitou a acusação, mas um grupo de líderes judeus disse ao republicano em uma carta que ele não era "bem-vindo em Pittsburgh até que denuncie totalmente o nacionalismo branco". O então presidente, porém, decidiu visitar a sinagoga que sofreu o ataque, onde foi recebido com protestos.
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